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13 de jul. de 2012

ESTE BLOG É DAS LEMBRANÇAS DA MINHA TERRA DA MINHA VIDA DEPOIS QUE PAPAI PARTIU SO VENHO AQUI PRA PASSEAR



Os ponteiros restringiam o momento de levantar-se da cama quentinha, serenava ainda, gotículas do céu de Deus. Ele levantava às quatro e meia, antes da cantoria dos galos. O aroma de café se alastrava se tornou habito depois da morte da mamãe . Homem simples, de origem humilde, hábitos sertanejos. Casa da avô é o lugar onde, de praxe, todos os netos são reis. Quando se reúnem na hierarquia dos netos, anarquizamos, quebrávamos a viga da lida pacata. Somente o papai  nos estacava, geralmente, nos dava boas lapadas com tiras de couro que usava no trabalho com celas de cavalo.

Antes do derradeiro pedaço de pão, os pés no chão em um quintal do tamanho do mundo onde estórias excêntricas e nostálgicas se elencavam. Pedras na mão, manga docinha. Frutos de esforços mil. Colhíamos caju, goiabas, pitombas e as seriguelas do vizinho. Os bichos na malhada, criava-se um pouco de tudo. Recordo saudosa do cão meio vira-lata. Sempre nos estabelecia provas de fidelidade. Quando alguém chegava tarde, o cão ficava ansioso, pastorava à porta. E quando a minha avó ia buscar ficha de atendimento no Hospital Regional, gentilmente a acompanhava.

Num casebre antigo, galinhas pretas, brancas, caipiras. Desfrutando certo conforto, chocavam seus ovos. Espantava-me porque nunca lhes sobrepesava ao ponto de dilacerar a casca frágil. Um dia tomei uma carreira de uma delas, atacou-me de maneira ríspida, quando tentei apanhar um de seus pintinhos. A galinha exaltada, quase me tira sangue a bicadas. Ávida por defender a cria a qualquer preço, sob qualquer circunstância que lhe inspirasse ameaça. Não importava o tamanho do agressor, percebi que elas nunca fogem e abandonam os filhos a mercê do perigo. “Fica fazendo danação. Ninguém guenta!” Papai desabafou com ar de reprovação.

Nas noites chuvosas, lá estava ela aquecendo os pintinhos, juntados, de parecer calculoso. Não se assustavam com o bradar dos trovões. Contornava-os mantendo quentinhos, amparados. Refúgio certo. Foi então que compreendi, que não lhes impunha o peso, mas a mais branda proteção. Ciscava e lhes doam o sustento diário. Reage com hostilidade a qualquer tentativa de agressão ou furto de seus os entes queridos. As galinhas choram, entram em desespero, se armam e lutam. Esganiçam o desassossego. Um olhar expressivo, entoa canções de lamento. Elas se tornam infelizes, se frustram com as separações inevitáveis. Todo ninho um dia fica vazio. Lembrei que Clarice Lispector contou uma história de tanto amor: “uma galinha é sozinha no mundo”. Mesmo ciente de seu destino, defende seus amores a duras penas. Como papai que outrora apaziguava a ira do mamãe sobre nós, mesmo sabendo que não éramos inocentes. Às vezes, penso que Deus também é mãe. Assim como foi meu pai































Começou A CHOVER MUITO     
 ENTÃO  ENTREI E FUI FAZER PÃO 

uma massa de pão




prontos para cobrir a deixar a massa descansar.





Transferido para uma tigela enfarinhada para subir.





Coberto com uma toalha e subindo em um lugar quente.





Depois de 30 minutos com uma tampa, em seguida, 15 minutos sem, levei-o para fora do forno.





Um pão, muito rústico, mas eu acho que deveria ter cozido um pouco mais.





Claro, não poderíamos esperar que ela esfrie antes de mostrar

passaros

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