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25 de jan. de 2018

SAUDADE DA CASA DO MATO VIM PASSAR O NATAL AQUI DEPOIS DE MUITO TEMPO.




















Eu gosto do tal do angu, mas nunca pensei que ia ter saudade dele. Aí, vi logo, a saudade era do almoço de domingo. Primos e tios que falam ao mesmo tempo. Vó Maria acha que todo mundo chega tarde, mas fica feliz com cada um que chega. Tubaina de casco de vidro e sobremesa, conversa das primas no sofá.

Saudade tem gosto de bolo de vó, de filé com batata de mãe… Tem gosto das comidas que a gente gosta, mas tem também o sabor de quem a gente gosta. Outro dia encontrei um pé de manga  aqui na minha rua  Imediatamente fui transportada para um estado nostálgico.

Eu cresci no interior. Sou caipira, bicho do mato mesmo. Minha casa sempre teve um quintal enorme, cheinho de árvores frutíferas. Era caju, acerola, manga, coco, goiaba, seriguela, limão, mamão, maracujá, pequi... Quando crianças, eu e minha irmã e meu irmao, passávamos o dia todo brincando no meio do mato, o quintal de casa. Era quase uma chácara em perímetro  quase urbano.  Bons tempos aqueles nos quais a única preocupação era tomar banho antes da mae e o pai chegar da liga


Eu gostava disso. Adorava sentar no alpendre e olhar as estrelas, gostava de passar o dia abraçada nos meus cachorros, de subir em árvores (mesmo nunca conseguindo chegar até o topo pois morro de medo de altura), de comer caju direto do pé quando chegava a época das chuvas. Por falar em chuvas, como era bom tomar um banho de chuva, brincar na lama e depois ter que entrar em casa pela lavanderia e lavar os pés no tanque antes de ir para o chuveiro.

Contudo, eu também sentia falta de viver em uma cidade grande, do conforto que esta oferece. Gosto da movimentação, de ter milhares de opções à disposição mesmo que não use nenhuma delas e fique em casa nas noites de sexta-feira. É bom comprar um livro pela internet e ele chegar rápido, sem ter que pagar aquele absurdo de frete, é bom poder ir a um shopping, assistir a um filme no cinema e encerrar a noite comendo fast-food. Isso eu fazia uma vez ao ano quando vinha vizitar minha tia


Eu me sentia bem limitada no interior. Fiquei com aquele pensamento de "aqui não tem nada" por doze anos e apenas ao me mudar para a cidade grande que fui perceber como o som dos grilos à noite é mais gostoso que o de uma rua movimentada. Que não há nada como o silêncio do lar que você viu ser erguido tijolo a tijolo e que nem aproveita os benefícios da cidade grande tanto assim.
Me arrependo de não ter valorizado mais o meu mato, as estrelas que valem mais que qualquer cinema e as frutas no pé que são muito melhores que as da feira.
Que fique claro, eu amo morar em  Campinas Mas as pequenas cidades em que já morei também tinham suas vantagens nas coisas simples que a natureza oferece e que não valorizamos nesse mundo consumista em que vivemos.

E que saudades de pisar descalça na grama...

Vim passar o natal com a familia aqui em sta tereza no espirito santo no sitio que vivi com meu pai e minha mae  minha familia que aos poucos fui vendo ir cada um do seu jeito  minha mae  faleceu com  cancer e  dia a dia  fui vendo  ela ir embora mas  sempre sorrindo ,minha irma casou e mora fora do brasil  meu irmao  casou e foi pra  vitoria aqui perto   eu tambem fui pra sao paulo fiquei  3 anos e voltei  separada do marido e com uma filha nos braços e so sai  daqui pois nao aguentei a  perda de meu pai  fiquei com a casa  da minha tia e ela veio pra ca pra casa do mato  meu irmao vendeu o que tinha e arrendeou uma boa parte do sitio e ficou com a outra parte  e veio com toda sua familia 

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