musica

6 de jun. de 2019

para minha avo Maria

















Vó, faz um chá pra acalmar o mundo
Que tá precisando de carinho
Faz um cafuné e um café quentinho

Vó, faz a sobremesa, adoce a vida
De quem tá precisando ver beleza
Faz aquele doce de amor
Põe sua doçura sobre a mesa

Vozinha, a senhora tem a solução
Acho que ninguém vira ladrão
Se comece  arroz com seu tempero

Já tive medo, de um dia ficar longe do seu brilho  já faz tempo que não ti vejo
E tenho sorte, de ter nascido filha da sua filha
Eu que sempre fui feliz
Sou mais ainda na casa da vovó
Na casa da vovó
A felicidade é "Benvinda"

Vó, conta uma piada sem maldade
Faz um suco de felicidade
Enche a panela com tua fé e bondade

Vó, conta uma historia bem bonita
Pra quem tá precisando ver beleza
Faz aquele doce de amor
Põe sua doçura sobre a mesa

Vozinha, a senhora tem a solução
Acho que ninguém vira ladrão
Se comer arroz com seu tempero

Já tive medo, de um dia ficar longe do seu brilho
E tenho sorte, de ter nascido filho do seu filho

Eu que sempre fui feliz
Sou mais ainda na casa da vovó
Na casa da vovó
A felicidade é "Benvinda"

Vó, junta toda a dor desse planeta
Chama pra um almoço de domingo
E a tristeza com certeza vai anoitecer, sorrindo





Esta musica  do cantor rafinha
  nossa senti uma saudade  da minha avó onde todos eram bem vindos nunca saiam sem um café fresco  um bolo  saído do forno   sempre benzidos na hora de vir  embora

17 de set. de 2018

NAS GAVETAS DA SAUDADE

"Eu tenho saudade do tempo que eu ia tomar banho e gritava: “Mãe, é pra lavar o cabelo?”, do tempo que eu só tinha que levantar cedo pra assistir meus desenhos com minha coberta no sofá, minha mãe gritava: “Vem comer, senão vai esfriar”, ela dizia que se eu fosse uma boa menina no natal eu ganharia um presente de um tal de papai noel. Eu não me preocupava com gente falsa porque meus amigos imaginários eram os melhores. Nesse tempo a maior dor que eu já tive era os joelhos ralados ou quando eu arrancava a tampa do dedão correndo por ai, sempre tinha aquele amigo que na hora que a mãe tava indo embora a brincadeira ficava legal e eu não queria ir. Crianças de hoje tem tanta pressa de crescer rápido pra ficarem adolescente pra que véi? Hoje nem adolescente sou mais, já sou é bem adulta mas queria poder ser criança novamente bom seria se tudo voltasse mais O tempo não volta!!"







SAUDADES DA MINHA MAE QUE JA SE FOI A TANTO TEMPO
Mamãe eu não morro de saudade de você, eu vivo com saudade de você!
Saudade do seu café com pão,dos bolos e flores de aniversário, do seu esperar no portão, do seu contar novidades, das nossas conversas e confidências ( quando você me contava a historia da boneca cobiçada...rs ).
Saudade do seu sorriso, do brilho nos seus olhos a cada conquista minha, do seu abraço, do seu carinho com os meus filhos, das suas confusões e do seu jeito atrapalhado de ser e fazer as coisas na vida...
Que saudade de você mamãe....
Que saudade de mim com você!
Onde quer que esteja, que esteja em paz!
-Sua boneca cobiçada.

saudade de mim

Hoje acordei com saudades de mim...
Do meu sorriso, do meu olhar, do meu jeitinho de ser, da minha forma de pensar, do meu coração e do meu sentir.
Hoje olhei bem dentro de mim, e percebi que eu não estava aqui. 
Então me dei conta, que as vezes que eu não me encontro, são exatamente aqueles momentos em que tento agradar a outros e acabo me esquecendo de mim. 
Resolvi me cuidar..
Muitas vezes acordamos abraçados as preocupações diárias e esquecemos de cuidar do nosso coração, do nosso sorriso e nos perdemos de nós mesmos.
Não basta virar a página, é preciso recomeçar um novo livro, as vezes mantemos os personagens... Em outras apagamos tudo o que se foi.
A vida com sua sabedoria nos ensina o melhor caminho.
Porém a sabedoria fala no silêncio, na ausência, e ouvi-la requer sensibilidade de espírito.
Não basta desviar das pedras é necessário remove-las para um lugar seguro, para que não tropeces novamente,
A felicidade não se acha... Mas é buscada em momentos que instantes terão o valor de uma vida.
E são esses instantes que realmente valem a pena!
Porque quando ao teu corpo faltar forças, e os anos não permitirem que corra atraz da tão almejada "ALEGRIA"...
Serão tuas lembranças que te transportará ao lugar secreto do teu peito, onde guardaste a FELICIDADE..

10 de set. de 2018

Cada coisa em seu lugar

Sou a saudade de uma conversa no fim de tarde com o meu avô. A saudade do colo da minha mãe, a saudade da risada do meu pai. Sou ficar tentando lembrar do que eu sonhei toda manhã. Sou a saudade dos meus amigos da adolescência, das escolas onde estudei e dos professores que tive. Sou a saudade de pessoas que eu amei muito e que se foram. Sou a vontade de voltar a ser uma menina quando canso de ser adulta, e sou o orgulho de ter vencido até aqui. Sou uma eterna á procurar o lado bom da situação. Quando não temos nada de prático nos atazanando a vida, a preocupação passa a ser existencial. Pouco importa de onde viemos e para onde vamos, mas quem somos é crucial descobrir. Sou a soma de tudo isso, e infinitamente mais. E sou toda coração. Toda. E além de tudo isso, sou eu mesma. E gosto demais de saber quem eu sou de verdade...

mes de Agosto

Como e bom  ver esta estrada novamente  cheiro de casa
"Saudade do café colhido no sítio, do cheiro de mato, da brisa fresca, da simplicidade, do aconchego, dos pedaços de mim que deixei pra trás.
Saudade do sotaque, saudade da minha gente, saudade da minha terra, da minha Minas Gerais."Um dia, todos descobrimos uma travessia que tem cheiro de mato, cor de vida e clima de tranquilidade, é irresistível estar tão perto e não atravessar, mas é ainda mais apaixonante ficar de frente para entrada, eternizando na memória a linda vista e imaginando o que há por vir.

Às vezes, essa imaginação é melhor do que a realidade e a vontade de a realizar é o que nos prende inertes, temos medo de nos decepcionar, de não ser igual aos nossos sonhos e assim perdemos a oportunidade de descobrir algo muito melhor do que já sonhamos encontrar.
Mas, nada é tão nosso quanto nossos sonhos, por isso são tão dominantes e nos inspiram a criação, inclusive de fazer o papel de quem tem a coragem de viver todas as emoções.
Passa tempo, passa tempo... E chegou novamente agosto. O mês difícil. Não, não é nenhum tipo de superstição. É apenas um mês difícil. Triste. É difícil ver a todo momento a palavra pai estampada em cada canto. Em cada comercial, propaganda, anúncios de lojas. É difícil ficar olhando sempre sugestões de presentes. É triste ver este dia chegar, e com ele a saudade. A saudade existe sempre, mais neste mês ela vem com mais intensidade, mais força. Se eu soubesse que aquele seria o ultimo dia que te vi, teria te abraçado com tanta força. Se soubesse que seria a ultima vez que ouviria sua voz, te pediria para ouvir um ultimo eu te amo. Nenhum abraço, nenhuma palavra de amor jamais terá o mesmo valor. Eu daria tudo para ter seu amor de pai. Para ser amada por um pai. Ter o privilégio deste amor. Você dizia que eu era sua princesinha. E que saudade de me sentir uma princesa, de ser tratada como uma princesa! Nenhum homem no mundo jamais amará uma mulher como um pai ama sua filha. Nenhum é capaz de cuidar, de admirar, de valorizar, como um pai. E é por isso, que minha vontade é gritar bem alto para todos que tem a sorte de ter um pai, para que não só neste dia, mais em todos, os valorize, os ame, os abrace, beije, e aproveite cada instante junto deles. Muita saudade. Muita falta.

lembranças tem cheiro

Às vezes proponho-me a mim mesmo, no meio de longas conversas de angustia e depressão que eu tenho com a minha consciência, escrever textos que tenham o brilho de um sorriso, que tenham o calor de um abraço! Aquele texto que nos dê a sensação de uma festa que a nossa mãe nos dava quando nos magoávamos na 
Brincadeira.

Acho que a inspiração teria de surgir do meu tempo de menina quando corria atrás de vaga lumes e fazia estradas para as formigas, tive a oportunidade de passar a minha infância na roça , mesmo assim tinha acesso àqueles momentos lindos que me marcaram na infância e nunca os vou apagar da memória, como o cheiro a terra, o cheira da erva molhada quando chovia as ameixeiras em flor! E as brincadeiras que daí advinham como roubar figos, brincar à agricultura, subir arvores.

Agora que penso, lembro-me de tantas brincadeiras que eram feitas na companhia dos meus irmaos, isso molda a personalidade de uma pessoa, cria sonhos,

Mas é no tempo de menino, que mais sonhamos que mais ingênuos somos, que mais nos rimos, rimos de bem-estar, de um abraço dos pais, de um arroz-doce da avó, dos desenhos animados! Aqueles que todos acordavam bem cedo para i-los ver, quem não se lembra de ficar à espera que a televisão começasse a emitir para ver os desenhos animados, com aquele fundo preto com umas listas coloridas à frente? Depois tocava a musica da que todos sabíamos de cor, e começava uma autentica maratona de boa disposição e grandes lições para a vida! Ao falar de séries televisivas e da minha meninice, lembro-me da rua sésamo, o tanto que eu tenho a agradecer ao conde de contar, de longe o meu preferido, e as musicas como a: eu gosto de sopa...

Ter sido uma criança foi uma das melhores coisas que me aconteceu na vida.

Assim pinto um quadro com cheiro a caramelo, e tons de um amarelo forte, igual ao sol que brilha lá fora, no pátio onde eu fui astronauta e mosqueteiro do rei, onde tudo era possível, e o bem vencia sempre.


Sempre que estou aqui fico um pouco mais perto do ceu


A minha desatenção justificada acompanha-me desde a infância, lembro-me das férias prolongadas do final do ano, onde ia visitar meus tios no interior. Andar de ônibus era coisa rara e entretida na paisagem, não me dava conta do tempo passar.

Ecoam vozes no sitio da infância, o frescor das matas, o barulho das águas, o pó da estrada, fazendo companhia das charretes, carregando gente. Costeando as plantações de soja, milho e trigo. O que dividia as propriedades eram as cercas farpadas, onde atravessávamos sem muito esforço.

Sob as inúmeras recomendações da mãe, os cuidados para não me estender no sol, na grama e na vida. Pedia licença até para respirar o ar puro. Por lá me aventurava nas singelas brincadeiras, sentávamos em uma reforçada tábua de madeira e empurrados descíamos potreiro abaixo.

Colhíamos as frutas pitangas, amoras pretas e ameixas. Sentada na sombra do  longe avistava o Rio , o pensamento atravessava a fronteira  remava contra o tempo. 

Atentamente observava a lida, a terra talhada em frisos, às sementes lançadas e após alguns dias germinadas. A horta cuidada por mãos zelosas, no ar o cheiro de hortelã. Na frente das casas jardins coloridos com dálias, gérberas e margaridas. 

O dialeto diferenciado do povoado me intrigava. Algumas palavras a minha imaginação completava. Há lenha de reserva, enquanto as brasas queimavam, as histórias folheavam páginas ao pé do fogão. Ainda guardo no paladar os sabores da infância. O bule de leite e café fervia e perfumava o lugar, a mesa posta com pão de milho e geléia natural.

No território da alma, o tempo lavrou, adubou a terra, germinou flores de rara beleza, onde perfumam os meus silêncios até o momento...
alguem ja viu tanto kiwi
nao e o carro do ovo rsrsr
flores para enfeitar nosso dia


26 de ago. de 2018

Perdas fazem parte da vida



Um dia, ainda no auge do meu problema com perdas  a morte de minha mae acordei com esse vaso de  flores  na porta do meu quarto.Papai  não disse nada, nem naquele momento, nem depois. Apenas deixou o vaso de flores lá, para quando eu acordasse fosse a primeira coisa a ver.
Foi a forma dele  dizer que eu ia me levantar daquela cama.

Hoje, no   aniversário,  de mamae não tenho mais flores  para lhe dar… mas tenho a imagem e o gesto daquele dia tatuado em mim para sempre.

E enquanto eu tiver forças vou continuar na queda-de-braço com Deus. Ele precisa dos seus cuidados no Jardim Dele. Eu preciso no meu. Mesmo sabendo quem vence, estou lutando…Nao sei lidar bem com perdas sabem  mas a gente luta


AS MÃOS DA MINHA MÃE
Luiz Menezes

As mãos da minha mãe
Diante dos meus olhos
Mostram-me as cicatrizes
Que a vida esculpiu

As mãos da minha mãe
Hoje gastas pelo tempo
Pelo tempo de ser mãe
Sendo escrava desse tempo

As mãos da minha mãe
Acalentou o meu sono
Amenizando o cansaço
De um dia de criança

As mãos da minha mãe
Afagaram a minha face
Amenizando a dor
Pelas quedas do destino

As mãos da minha mãe
Tornaram-se grandes
Amparando os meus sonhos
Quando tentei no céu chegar

As mãos da minha mãe
Sovaram minhas nádegas
Para que eu ressentisse
O valor da obediência

As mãos da minha mãe
Juntaram os meus sonhos
Quando na queda da desilusão
Não consegui sustentar a fé

As mãos da minha mãe
Só ficavam quietas
Em posição de oração
Quando agradecia a Deus

As mãos da minha mãe
Tremeram de medo
Quando o destino lhe disse
Ele agora é meu

As mãos da minha mãe
Já não sovam mais o pão
Já não lava mais o chão
Já não mexem mais panelas

As mãos da minha mãe
Vivem firme em orações
E com gestos de carinho
Entrelaça o seu terço

As mãos da minha mãe
Abandonaram o trabalho
Ociosas só lhe restam
O terço em oração.

As mãos da minha mãe
Hoje recebem o meu carinho
Com beijos e afagos nas lembranças 

 
Na juventude







 na paz de casa 















































7 de ago. de 2018

logo retorno

  1. Os meus pensamentos transformam-se em sorrisos sempre que penso em vocês meus amigos do blog  que não desistiram de mim e vieram me ver mesmo na minha ausência..obrigada por todo carinho viu?!

Amigos são aqueles com quem nos sentamos por longas horas, sem dizer uma palavra, e ao deixa-lo, temos a impressão de que foi a melhor conversa que já tivemos.
Muitas vezes tenho que a impressão que a companhia de um amigo de verdade é tudo que precisamos,mesmo que ele não tenha muitas coisas a nos dizer.. Presença que afaga a alma..
Mesmo que essa companhia seja por aqui através dessa telinha..Vale a pena!!  sempre Valerá …você ai e  eu  aqui..
Obrigada miguinhos..estou bem melhor…
em breve estarei divolta .......




24 de jun. de 2018

FERIAS SEM CRIANÇAS ( SAUDADE )













Infancia Feliz

Às vezes proponho-me a mim mesmo, no meio de longas conversas de angustia e depressão que eu tenho com a minha consciência, escrever textos que tenham o brilho de um sorriso, que tenham o calor de um abraço! Aquele texto que nos dê a sensação de uma festa que a nossa mãe nos dava quando nos magoávamos na
Brincadeira.






Acho que a inspiração teria de surgir do meu tempo de menino, quando corria atrás de bichos-de-conta, e fazia estradas para as formigas, tive a oportunidade de passar a minha infância numa vivenda, mesmo que nos arredores  do interior , mesmo assim tinha acesso àqueles momentos lindos que me marcaram na infância e nunca os vou apagar da memória, como o cheiro a terra, o cheira da erva molhada quando chovia as ameixeiras em flor! E as brincadeiras que daí advinham como roubar figos, brincar à agricultura, subir arvores.

Agora que penso, lembro-me de tantas brincadeiras que eram feitas na companhia da solidão, acho que devo ao facto de sermos em  quatro filhos a minha criatividade, aprender a brincar, fazer o bom e o mau, jogar para uma equipa vencer e outra perder, isso molda a personalidade de uma pessoa, cria sonhos, cria carências!

Mas é no tempo de criança que mais sonhamos que mais ingênuos somos, que mais nos rimos, rimos de bem-estar, de um abraço dos pais, de um arroz-doce da avó, dos desenhos animados! Aqueles que todos acordavam bem cedo para i-los ver, quem não se lembra de ficar à espera que a televisão começasse a emitir para ver os desenhos animados, com aquele fundo preto com umas listas coloridas à frente? Depois tocava a musica da que todos sabíamos de cor, e começava uma autentica maratona de boa disposição e grandes lições para a vida! Ao falar de séries televisivas e da minha meninice, lembro-me da rua sésamo, o tanto que eu tenho a agradecer ao conde de contar, de longe o meu preferido, e as musicas como a: eu gosto de sopa...

Ter sido uma criança foi uma das melhores coisas que me aconteceu na vida

.

Assim pinto um quadro com cheiro a caramelo, e tons de um amarelo forte, igual ao sol que brilha lá fora, no pátio onde eu fui astronauta e mosqueteiro do rei, onde tudo era possível, e o bem vencia sempre. saudades dos meus




Meus queridos avós, quanta saudade vive em meu peito desde que ambos partiram deste mundo. Sinto muitas saudades do colo dos dois, do carinho, das palavras de sabedoria e desse amor sem fim, e que sinto ainda perdura junto a mim.


Sinto muitas saudades, mas também alegria por ter podido aproveitar o tempo que tive oportunidade de viver ao seu lado, e seus ensinamentos para sempre conduzirão meus passos por esta vida.




Ninguém tem noção do amor que desenvolvemos pela família até ser obrigado a se afastar dela. Seja porque chegou a hora ou não, não importa onde seja a nossa nova casa, sempre há um vazio no peito que só pode ser preenchido ao voltar para aquelas pessoas que nos aguardam chegar em casa.





É preciso tentar imaginar a falta que sentiremos dos nossos pais, dos almoços em família, de pescar com o avô e até dos "é pavê ou pacumê" de nossas tias, só assim poderemos viver e valorizar cada momento como um controle de saudade preventiva. vou terminando por aqui pois hoje estou em eterna nostalgia

25 de jan. de 2018

SAUDADE DA CASA DO MATO VIM PASSAR O NATAL AQUI DEPOIS DE MUITO TEMPO.




















Eu gosto do tal do angu, mas nunca pensei que ia ter saudade dele. Aí, vi logo, a saudade era do almoço de domingo. Primos e tios que falam ao mesmo tempo. Vó Maria acha que todo mundo chega tarde, mas fica feliz com cada um que chega. Tubaina de casco de vidro e sobremesa, conversa das primas no sofá.

Saudade tem gosto de bolo de vó, de filé com batata de mãe… Tem gosto das comidas que a gente gosta, mas tem também o sabor de quem a gente gosta. Outro dia encontrei um pé de manga  aqui na minha rua  Imediatamente fui transportada para um estado nostálgico.

Eu cresci no interior. Sou caipira, bicho do mato mesmo. Minha casa sempre teve um quintal enorme, cheinho de árvores frutíferas. Era caju, acerola, manga, coco, goiaba, seriguela, limão, mamão, maracujá, pequi... Quando crianças, eu e minha irmã e meu irmao, passávamos o dia todo brincando no meio do mato, o quintal de casa. Era quase uma chácara em perímetro  quase urbano.  Bons tempos aqueles nos quais a única preocupação era tomar banho antes da mae e o pai chegar da liga


Eu gostava disso. Adorava sentar no alpendre e olhar as estrelas, gostava de passar o dia abraçada nos meus cachorros, de subir em árvores (mesmo nunca conseguindo chegar até o topo pois morro de medo de altura), de comer caju direto do pé quando chegava a época das chuvas. Por falar em chuvas, como era bom tomar um banho de chuva, brincar na lama e depois ter que entrar em casa pela lavanderia e lavar os pés no tanque antes de ir para o chuveiro.

Contudo, eu também sentia falta de viver em uma cidade grande, do conforto que esta oferece. Gosto da movimentação, de ter milhares de opções à disposição mesmo que não use nenhuma delas e fique em casa nas noites de sexta-feira. É bom comprar um livro pela internet e ele chegar rápido, sem ter que pagar aquele absurdo de frete, é bom poder ir a um shopping, assistir a um filme no cinema e encerrar a noite comendo fast-food. Isso eu fazia uma vez ao ano quando vinha vizitar minha tia


Eu me sentia bem limitada no interior. Fiquei com aquele pensamento de "aqui não tem nada" por doze anos e apenas ao me mudar para a cidade grande que fui perceber como o som dos grilos à noite é mais gostoso que o de uma rua movimentada. Que não há nada como o silêncio do lar que você viu ser erguido tijolo a tijolo e que nem aproveita os benefícios da cidade grande tanto assim.
Me arrependo de não ter valorizado mais o meu mato, as estrelas que valem mais que qualquer cinema e as frutas no pé que são muito melhores que as da feira.
Que fique claro, eu amo morar em  Campinas Mas as pequenas cidades em que já morei também tinham suas vantagens nas coisas simples que a natureza oferece e que não valorizamos nesse mundo consumista em que vivemos.

E que saudades de pisar descalça na grama...

Vim passar o natal com a familia aqui em sta tereza no espirito santo no sitio que vivi com meu pai e minha mae  minha familia que aos poucos fui vendo ir cada um do seu jeito  minha mae  faleceu com  cancer e  dia a dia  fui vendo  ela ir embora mas  sempre sorrindo ,minha irma casou e mora fora do brasil  meu irmao  casou e foi pra  vitoria aqui perto   eu tambem fui pra sao paulo fiquei  3 anos e voltei  separada do marido e com uma filha nos braços e so sai  daqui pois nao aguentei a  perda de meu pai  fiquei com a casa  da minha tia e ela veio pra ca pra casa do mato  meu irmao vendeu o que tinha e arrendeou uma boa parte do sitio e ficou com a outra parte  e veio com toda sua familia 

passaros

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