A casa do início do século, de arquitetura simples e decoração charmosa, foi presente do sogro. "Era a moradia de um colono que cuidava de uma antiga plantação de uvas", conta o escultor. As poucas adaptações, feitas ao longo dos anos, revelam o passatempo preferido do casal: "Hoje temos duas salas de jantar, um terraço para o café da manhã, uma grande mesa ao ar livre e duas cozinhas - escolhemos onde vamos preparar a comida de acordo com o humor no dia", brinca Cecília, que já fez cursos de culinária em Nova York e Paris. "Adoramos cozinhar, mas raramente fazemos receitas elaboradas. Na maioria das vezes são pratos rápidos", Dan emenda. Quando os convidados são de casa, a dupla de gourmets põe a mesa na cozinha. O fogão a lenha cuida de aquecer o ambiente e esquentar a conversa. "Nesse ambiente, só se recebem amigos íntimos, que até ajudam se for preciso", conta Cecília.
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Dan e Cecília adoram uma coleção. A casa é recheada de copos, pratos, galinhas de louça, cadeiras, todos objetos queridos que contam capítulos da história do casal. "Sabemos onde compramos e quanto custou cada um deles", orgulha-se Cecília. "Mas aqui não fica nada guardado. Usamos tudo, até as mangas de cristal Baccarat que eram da minha mãe. Lá se vão quinze anos e elas estão intactas", comemora Dan.
A decoração da casa é caipira e mantém acabamentos originais: chão de cimento vermelhão, paredes caiadas, basculantes. Mas os novos donos não abrem mão de incluir na rotina seus tesouros. Entre cristais, porcelanas e talheres de prata, os pratos que saem do fogo ficam ainda mais saborosos. Nem por isso o clima das refeições é formal. "Uso a bancada ao lado do fogão como apoio enquanto estou cozinhando. Mas, se a turma se aglomerar a ponto de congestionar o trânsito, aviso aos convidados que eles estão atrapalhando e peço licença. Entre amigos, não tem frescura", ele conta.
Uma das especialidades gastronômicas do casal é a sororoca, peixe de água salgada, assado com limão, azeite e alecrim. Para acompanhar, purês de abóbora e batata-roxa, arrumados lado a lado, colorindo a mesa. Tudo feito a mão, na hora. "A gente prefere picar pessoalmente os temperos. Pedir que um ajudante cuide dessa tarefa tira o sabor do preparo", Dan acredita. "O pior é que a cebola sempre sobra para mim", ele resmunga. Até mesmo a sobremesa pode ser preparada diante dos fregueses. "Costumo grelhar mangas na manteiga temperada com pimenta-branca e cobertas com molho de manteiga e suco de maracujá. Sirvo quente, fica uma delícia." Alguém duvida?
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Nenhum comentário:
Postar um comentário
volte sempre